Grande Porto: Assassinos vieram de Lisboa
Lisboa, a cidade sem Lei
Contrariamente ao que afirmou Leonor Pinhão, em relação ao Porto, parece que afinal a cidade sem lei é Lisboa, dado que se chegou à conclusão que o grupo de assassinos encapuçados que andam a espalhar terror na pacata noite portuense são oriundos da Grande Lisboa
Os disparos que vitimaram Alberto Ferreira, 36 anos, conhecido como "Berto Maluco", na noite de domingo passado, deverão ter sido efectuados por um grupo de indivíduos contratado para o efeito, eventualmente da zona da Grande Lisboa.
O recurso a assassinos profissionais contratados no exterior é uma das principais linhas de investigação que estão a ser seguidas pela Polícia Judiciária (PJ).
A atenção que tem estado a ser colocada pelas autoridades nos grupos de seguranças, o tipo de arma usado para matar "Berto Maluco" (uma metralhadora) e o detalhe com que o crime foi preparado apontam para este tipo de executantes. Os vários autores dos disparos actuaram encapuzados e com a noção exacta de que Alberto estaria, naquela noite e naquele momento, à porta de casa, o que pressupõe que o mesmo estivesse a ser objecto de vigilância.
Por outro lado, o tipo de armas não parece corresponder às que se supõe terem sido usadas nos restantes crimes (ver caixa na página seguinte). O facto de os assassinos terem vindo do Sul torna ainda mais difícil a localização das armas usadas no crime - peças fundamentais de prova.
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A mulher de Alberto Ferreira não terá tido dúvidas em apontar os autores do crime - ligando-os às mortes a tiro dos seguranças Ilídio Correia e Nuno (Gaiato) Nunes e do empresário Aurélio Palha.
Armas diferentes terão sido usadas nas várias mortes
Os quatro homicídios de seguranças da noite do Porto ocorridos nos últimos seis meses terão sido cometidos mediante o uso de armas diferentes. Mas em três dos assassinatos o modo de actuação foi bastante semelhante. Isto porque nos casos de Aurélio Palha (27 de Agosto), Ilídio Correia (29 de Novembro) e Alberto Ferreira (no passado domingo à noite) os disparos fatais saíram do interior de viaturas que passavam nos locais onde estavam as vítimas.
Há ainda a considerar o recente tiroteio à porta da discoteca Nell's em Lisboa, onde o modus operandi foi exactamente o mesmo, tiros e fuga em viatura, bem como, a ainda mais recente morte por explosão do proprietário da casa de espectáculos onde se podiam ver mulheres nuas, o bar de strip-tease o "Avião", perto do Aeroporto de Lisboa e não muito longe do estádio do Sport Lisboa e Benfica. A vítima foi Manuel (José?) Gonçalves, de 65 anos. De acordo com a SIC Notícias, o dono do bar já teria sido baleado há cerca de dois anos e meio e seria testemunha no processo «Passerelle», que envolve várias figuras da noite lisboeta em tráfico de mulheres para prostituição.
Nota: Esta notícia teve por base um artigo da edição online do Jornal de Notícias. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:
Ver original do Jornal de Noticias
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