sábado, 30 de junho de 2007

Apito Dourado: Lei da vantagem avaliada como erro

O JORNAL RECORD DIZ QUE BILHETE PARA O ÁRBITRO FOI CONTRAPARTIDA



Segundo o Jornal Record, o despacho de acusação do jogo Nacional da Madeira-Benfica, da época de 2003/04, assenta em 46 pressupostos e um deles refere-se à análise técnica de um jogo que o Ministério Público (MP) entende ter sido viciado.

Tudo isto (46 pressupostos), para se contabilizar como único erro de arbitragem em benefício do Nacional um lance no qual o árbitro Augusto Duarte aplica a lei da... vantagem. Aconteceu ao minuto 8 quando, cita o Record, “um jogador do Benfica derruba com os pés um jogador do Nacional, a bola está já dentro da grande área mas, no entanto, fica a dúvida se a falta foi cometida dentro ou fora da área”, resultando desse lance um golo da equipa madeirense.

Segundo ainda o Record, para o Ministério Público é quase irrelevante, por outro lado, o erro que beneficiou a equipa do Benfica e que foi detectado no relatório técnico. Estranhamente, trata-se de um pontapé de baliza que deveria ter sido um pontapé de canto.

Será também por aqui que a defesa das pessoas já acusadas neste processo de corrupção desportiva – o árbitro Augusto Duarte, Rui Alves, Pinto da Costa e António Araújo – irá tentar demonstrar, para já na fase de instrução, que a actuação do árbitro não teve qualquer interferência com o resultado do jogo (3-2 para o Nacional).

JORNAL RECORD DIZ QUE FOI TUDO COMBINADO

Segundo o autor do artigo do Jornal Record, não é esse o entendimento do MP, que entende que o empresário António Araújo e o presidente do Nacional “combinaram entre si que o árbitro favorecesse a equipa do Nacional mediante contrapartidas económicas não especificadas a que não tinha direito”.

O autor do artigo vai mais longe e afirma que uma dessas contrapartidas terá sido um bilhete para o jogo FC Porto-Manchester United, da Liga dos Campeões, oferecido pelo FC Porto a Augusto Duarte após a realização do jogo Nacional-Benfica, no dia 22 de Fevereiro de 2004. Segundo ele, o MP considera que “O árbitro aceitou a promessa dos referidos bens (...) para alterar ou falsear o resultado do jogo".

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal Record. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo seguindo a ligação que se segue:

Ver o original do Jornal Record

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Apito dourado': Transferências do FC Porto investigadas pela enésima vez



No seguimento do que se passou no caso Mantorras, com o Sport Lisboa e Benfica, a Equipa de Coordenação do ‘Apito Dourado’ está a investigar transacções financeiras ligadas à compra e venda de jogadores do FC Porto. As vendas de Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira, do FC Porto para o Chelsea (o primeiro por 30 milhões e o segundo por 20), estão assim a ser passadas a pente-fino, mais uma vez.

As investigações incidem também nos negócios de Pepe, do Marítimo para o FC Porto; de Adriano e de Paulo Assunção, do Nacional para os azuis-e-brancos; e de Maciel e Derlei, ambos vindos da U. Leiria.

No centro de alguns destes negócios volta a estar António Araújo, o empresário que se encontra acusado em diversos processos relacionados com o ‘Apito Dourado’. No caso de Pepe, por exemplo, a transferência ocorreu depois de o jogador ter chegado ao Marítimo em 2001/2002, proveniente do Corinthians Alagoano, clube de que o empresário António Araújo chegou a ser co-proprietário.

Pepe foi depois para o FC Porto no início da época de 2004/2005, tendo assinado contrato por cinco anos, numa transferência que terá custado cerca de um milhão de euros. Toda a documentação está a ser analisada pela Direcção-Geral de Contribuições e Impostos.

Segundo o que o CM afirmou, as autoridades contaram com o apoio, na investigação, de Carolina Salgado, que supostamente terá denunciado algumas irregularidades graves na negociação dos jogadores. Segundo o mesmo jornal, estão a ser verificadas supostas transferências de avultadas verbas para as ilhas Caimão e também para alegadas contas na Suíça, aguardando as autoridades a chegada de informação pedida às suas congéneres europeias.

As investigações aos negócios relativos às transferências de jogadores são mais lentas do que os casos de corrupção desportiva. Essas certidões deverão estar todas terminadas (com despacho de acusação ou arquivamento) até 30 de Julho, enquanto os restantes inquéritos se deverão manter sob investigação. Também a Direcção-Geral de Finanças tem feito nos últimos anos um apertado controlo ao mercado das transferências de jogadores. O envio de dinheiro para paraísos fiscais, como no caso João Pinto, está a ser verificado, o que tem levado a um abrandamento dos negócios, com uma diminuição cada vez mais evidente.

Segundo o Correio da Manhã, EMPRESÁRIO E ÁRBITRO TROCAM MENSAGENS

- António araújo para Augusto Duarte

“Estou amiguinho, tudo nota 20, depois a gente fala. Obrigado aí, é aquela coleguisse.”

- Augusto Duarte para António Araújo

“Isto nunca falha.”

- Araújo para Duarte

“Espectáculo, muito bem, amiguinho.”

PROCESSOS RELATIVOS A JÚNIORES ARQUIVADOS

A investigação ao jogo Beira-Mar-Leixões, de juniores, realizado no início de 2004, pela equipa da procuradora Maria José Morgado foi arquivada. Pelo que se assumem sem fundamento as suspeitas que recaiam sobre o árbitro Hernâni Duarte, sobre o seu irmão e também sobre o árbitro Augusto Duarte, o empresário António Araújo e o dirigente do clube de Matosinhos, José Manuel Ferreira.

Segundo o CM, o despacho do Ministério Público (MP) fundamenta-se então na falta de prova de que o árbitro do jogo tivesse recebido contrapartidas. Isto porque, segundo o MP, apenas foram apurados contactos entre os três arguidos e não com o árbitro do jogo.

Pelo visto, “Não há dádiva ou promessa. Ainda que o pedido de favorecimento tivesse sido formulado e que Augusto Duarte tenha acedido transmiti-lo ao seu irmão, não vislumbramos vantagem ao árbitro do jogo”, dizem os magistrados que determinam então o encerramento da investigação, por falta de indícios da prática dos crimes de corrupção desportiva.

TRANSFERÊNCIAS EM CAUSA

As transferências de Pepe, Paulo Ferreira e Maciel estão a ser investigadas no âmbito do processo ‘Apito Dourado’

PEPE CUSTOU UM MILHÃO DE EUROS

O ‘patrão’ da defesa portista chegou ao Dragão no início da época 2004/05, vindo do Marítimo. Na altura, o FC Porto pagou um milhão de euros pelo passe do

defesa-central que hoje está avaliado em 20 milhões.

PAULO FERREIRA RENDEU 20 MILHÕES

Foi transferido do V. Setúbal para o FC Porto por aproximadamente um milhão de euros. Titularíssimo com José Mourinho, o lateral acabou por se mudar para o Chelsea, no verão de 2004, por 20 milhões de euros.

1,5 MILHÕES POR MACIEL

O extremo brasileiro seguiu José Mourinho para o FC Porto, depois de ter representado a União de Leiria. O FC Porto pagou 1,5 milhões de euros ao clube da cidade do Lis pelo passe de Maciel.

VERDADE DESPORTIVA SUPOSTAMENTE VIOLADA EM 2003/2004

Segundo o CM, a equipa de Maria José Morgado, a magistrada que lidera a investigação às certidões do processo ‘Apito Dourado’, não tem dúvidas – o FC Porto violou a verdade desportiva na época 2003/2004, de forma a se sagrar campeão nacional. Esta revelação é deveras surpreendente, sobretudo tendo em conta que foi um ano em que o FCP ganhou a liga dos Campeões.

Novamente segundo o CM, o MP acha que entre António Araújo e Pinto da Costa houve uma “conjugação de esforços e intentos e segundo um plano previamente delineado, com o objectivo último de violar a verdade desportiva e proporcionar ao FC Porto a vitória da Super Liga”, pode ler-se no despacho que determinou a acusação do presidente dos azuis-e-brancos, a propósito duma eventual suspeita de corrupção no jogo Beira-Mar-FC Porto (0-0).

Mais uma vez de acordo com o divulgado pelo CM, o magistrado que assina a Acusação Pública diz ainda que “para ser primeiro contribuiu a acção de Pinto da Costa que enquanto presidente do Porto exerceu o seu poder junto dos árbitros para conseguir arbitragens favoráveis”. Em troca, acrescenta, eram oferecidas “determinadas contrapartidas, algumas monetárias”. E frisa que o líder portista “contava com a colaboração do António Araújo que estabelecia contactos directos com árbitros e que servia como intermediário. Do que supostamente é prova a conversa que aquele manteve com funcionário da SAD onde dizia: ‘Eu ajudo muito o presidente e você sabe disso’”.

O CM defende ainda que as autoridades afirmam também que a contrapartida oferecida ao árbitro Augusto Duarte foi 2500 euros. E que o árbitro aceitou o dinheiro, mesmo sabendo que seria um suborno para violar “as leis do jogo”. Na acusação relativa ao Nacional-Benfica, também arbitrado por Augusto Duarte, os investigadores dizem não ter apurado qual a contrapartida em dinheiro. Apenas que foi oferecido um bilhete para o jogo Manchester-FC Porto e uma quantia “não determinada”.

Diz ainda o CM que o despacho do Ministério Público sustenta que o Nacional da Madeira e o FC Porto tinham interesse naquele jogo. O primeiro porque lutava por um lugar na UEFA (o que acabou por conseguir), o segundo porque pretendia afastar o Benfica da luta pelo título.

OUTRAS INVESTIGAÇÕES

CASO MANTORRAS/LUIS FILIPE VIEIRA

A contratação do angolano Pedro Mantorras, que foi do Alverca para o Benfica, continua em inquérito. Estranhamente e ao contrário do que se passa com Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa cujos processos tem vindo a ser reabertos, segundo o CM, a Polícia Judiciária quer arquivar o processo relativamente ao presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira e acusar apenas o empresário do jogador, com ligações aos benfiquistas, Jorge Manuel Mendes.

TRANSFERENCIAS DE 5 JOGADORES DO ALVERCA TAMBEM PASSADAS A PENTE-FINO

O negócio de cinco futebolistas do Alverca vendidos por cinco milhões de euros (Veríssimo, Rodolfo Lima, José Rui, Artur Futre e Amoreirinha) mantém-se em inquérito na PJ. Tal como a transferência de Ronald Garcia que nunca chegou a jogar.

JOÃO PINTO/SPORTING

Relativamente ao Sporting mantém-se em investigação a compra do passe de João Vieira Pinto. São arguidos neste processo o ex-empresário José Veiga e o jogador que actualmente está em Braga a defender as cores do Sporting local.

NOTAS

ANTIGO PRESIDENTE DO BENFICA EM JULGAMENTO EM GUIMARÃES

Pimenta Machado e o ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica, Vale e Azevedo estão também a ser julgados por suspeita de fraude, envolvendo a transferência de jogadores. Em causa está, por exemplo, a venda de Pedro Barbosa ao Sporting

EX-PRESIDENTE DO BENFICA CONDENADO

O ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica, Vale e Azevedo foi condenado por burla na sequência da transferência do guarda-redes russo Ovchinnikov para os encarnados. Há ainda outros negócios da mesma altura em discussão nos tribunais.

PERITAGENS CONTESTADAS

Os arguidos do processo ‘Apito Dourado’ vão contestar as peritagens efectuadas por Vítor Pereira e Jorge Coroado. Ambos visionaram os vídeos dos jogos a pedido da PJ e detectaram erros das equipas de arbitragem

IRREGULARIDADES A SUL

Uma auditoria encontrou irregularidades nas transferências de Calado, Abel Xavier, Chainho, Miguel, Jorge Andrade e Gaúcho, que renderam ao E. Amadora 12,5 milhões de euros. O processo ainda está na PJ

BENFICA SUPOSTAMENTE PREJUDICADO

“Os actos tiveram benefício directo para o Nacional e FC Porto e prejuízo para o Benfica”, diz o CM que afirma o MP no caso de suposta corrupção do jogo Beira-Mar-FC Porto (0-0), da época 2003/04, na qual o Futebol Clube do Porto ganhou a Liga dos Campeões.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Correio da Manhã. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo seguindo a ligação que se segue:

Ver o artigo original do Correio da Manhã

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Apito Dourado: Ministério Público valida três acusações contra Carolina






Pinto da Costa apresenta queixas-crime contra Carolina Salgado

O Ministério Público (MP) decidiu acompanhar duas acusações contra a ex-companheira de Jorge Nuno Pinto da Costa por alegados crimes de difamação agravados. Em causa está o livro "Eu Carolina" e queixas do vice-presidente portista, Reinaldo Teles, e Lourenço Pinto, advogado e amigo do presidente do F. C. Porto. Em paralelo, Pinto da Costa deduziu acusação particular (também acompanhada pelo MP) contra Carolina Salgado por declarações proferidas numa entrevista ao semanário "Sol", antes da publicação do livro. Contra a publicação do livro, é que o dirigente não apresentou qualquer queixa, por enquanto.

De acordo com informações recolhidas pelo JN, a ex-namorada do dirigente já requereu abertura de instrução, para tentar evitar ida a julgamento. Pendentes no MP do Porto estarão ainda os inquéritos relativos ao médico Fernando Póvoas e ao irmão de Reinaldo e também dirigente, Joaquim Pinheiro.

Nos casos já concluídos, dependentes de acusação particular apresentada pelos ofendidos - por ser crime semi-público -, o MP optou por aderir às acusações, embora não fosse obrigado a fazê-lo.

Por outro lado, ainda sem decisão do MP de Gaia estão as queixas apresentadas por Pinto da Costa, relativamente a crimes de furto ou abuso de confiança, envolvendo objectos pessoais e uma conta bancária conjunta do ex-casal, da qual Carolina levantou, sozinha, 30 mil euros.

Segundo apurou o JN, as duas referentes ao livro visam também Maria Teresa Coelho, directora da editora D. Quixote, que lançou o livro, mas deixam de fora Fernanda Freitas, a professora que terá redigido do livro de Carolina. Desta professora, recorde-se, Pinto da Costa disse numa entrevista recente ao jornal "Público" que já estaria arrependida de ter apoiado a Carolina Salgado.

Caso da suposta fuga para Espanha

As referências pelas quais Reinaldo Teles e Lourenço Pinto apresentaram queixa têm a ver com o episódio da suposta fuga para Espanha, com o alegado intuito de escapar à detenção da PJ e a uma estratégia para entregar António Araújo, amigo de Reinaldo, como "cordeiro de sacrifício" às autoridades. São feitas ainda menções a esquemas entre Reinaldo, Araújo e Pinto da Costa para subornar árbitros e por isso foram apresentadas as queixas.

No caso do advogado as queixas apresentadas têm também a ver com o episódio das agressões a Ricardo Bexiga. No livro, Carolina relata que Lourenço Pinto terá procurado amenizar remorsos pela pancadaria sofrida pelo socialista de Gondomar, dizendo-lhe que "ele ficou a falar". E ainda que lhe terá recomendado a leitura do romance "A Siciliana", sobre as máfias americana e italiana, o que o advogado não só nega, como ainda apresentou queixa por difamação agravada contra Carolina Salgado.

Para evitar o julgamento por crime de difamação agravada (pela repercussão pública do livro, que esteve no topo das vendas), Carolina Salgado terá de procurar provar, na fase de instrução, que as acusações são verdadeiras.

Fogo posto

A adicionar às anteriores queixas, estão aindas as referentes aos dois incêndios coincidentemente ocorridos na madrugada de 16 de Junho do ano passado, nos escritórios de Pinto da Costa, na rua do Paraíso, e Lourenço Pinto, na rua de Ceuta, ambos no Porto. O presidente portista e o advogado prestaram depoimento na Polícia Judiciária e indicaram que só Carolina, o motorista e mais três dirigentes portistas sabiam da existência daquele escritório que funcionava como um museu pessoal. A investigação ainda decorre.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal de Noticias. Foi alterado e não reflete de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo seguindo a ligação que se segue:

domingo, 24 de junho de 2007

Apito Dourado: Pinto da Costa diz estar de "peito aberto e consciência tranquila"

Presidente do FC Porto diz confiar na justiça



Apito Dourado: Pinto da Costa diz estar de "peito aberto e consciência tranquila"
23.06.2007 - 21h05 Lusa

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, disse hoje estar de "peito aberto e consciência tranquila" relativamente às acusações de que é alvo no processo Apito Dourado, manifestando-se confiante na justiça.

"Confio nos tribunais, confio na justiça divina e, por isso, estou de peito aberto e consciência tranquila", afirmou Pinto da Costa durante o discurso que proferiu no almoço do 37º aniversário dos Dragões de Lisboa, realizado no Hotel Altis.

Sob ovação das pessoas que enchiam a enorme sala reservada para o efeito, Pinto da Costa sossegou os adeptos portistas, garantindo que "quando se souber quem está por detrás de determinado livro, que não teve coragem de assinar, vai perceber-se o porquê de todas estas situações", numa referência ao livro da sua ex-companheira Carolina Salgado.

"Daquilo que me acusam defender-me-ei nos tribunais. Por isso, estou à defesa e não posso falar. Mas saberemos na altura própria dar a devida resposta àqueles que nos querem confrontar", acrescentou Pinto da Costa.

O presidente do FC Porto teceu também críticas ao jornal "Correio da Manhã", que hoje noticiou na primeira página que "Pinto da Costa prejudicou Benfica em jogo decisivo", com base na informação de que o presidente portista foi acusado de corrupção desportiva no jogo Nacional-Benfica, da temporada 2003/2004.

"Hoje, na primeira página do 'Correio da Manhã' surge uma fotografia minha ao lado de um indivíduo [o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira] a dizer que tinha prejudicado o Benfica. Não vou pedir a certos jornalistas que sejam sérios, porque há certas coisas que não se podem pedir. Desafio é esse jornal a pôr as imagens do jogo para as pessoas poderem ver que não houve nada anormal, mas sim que venceram os que mereceram vencer", disse igualmente Pinto da Costa.

"É necessário estar vigilante"

O dirigente portista considerou que, "perante estes ataques, é necessário estar vigilante" e, por isso, alertou os presentes para futuras questões que possam vir a surgir.

"Corre no Porto que há um presidente de uma SAD que foi condenado por furto. Não fui eu", ironizou Pinto da Costa, referindo-se certamente ao cadastro do presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luis Filipe Vieira.

O presidente portista fez ainda referência a "um clube que tinha pago viagens a jornalistas, mas não foi o FC Porto".

"Tenho cópia de uma factura com uma viagem paga à senhora Leonor Pinhão, Lisboa-Luxemburgo-Lisboa", precisou Pinto da Costa, referindo-se à ex-responsável pelo site encarnado e cronista de "A Bola", jornal que também foi mencionado pelo presidente do FC Porto no seu discurso, por, segundo o dirigente portista, ter omitido uma parte de uma entrevista de Manuel Sérgio em que falava bem do presidente do FC Porto.

Esta afirmação torna-se verdadeiramente bombástica, uma vez que Leonor Pinhão escreveu o prefácio do livro "Eu, Carolina" que levou à reabertura dos processos arquivados contra Pinto da Costa e prepara-se agora para, conjuntamente com o marido, João Botelho, realizar o filme "Corrupção", uma fábula que supostamente retrata a vida de Pinto da Costa com Carolina Salgado, embora não haja qualquer sentença dos tribunais que o fundamente.

Pinto da Costa disse que tem de "tomar cautelas", mas tranquilizou os presentes, assegurando que "os que insinuam que o FC Porto foi beneficiado" apenas fazem eco de "fantasias, maldades e insinuações".

"Vamos demonstrar quem está por detrás desta tramóia. Mas não há nada nem ninguém que nos faça recuar um milímetro na defesa dos interesses do FC Porto", garantiu Pinto da Costa.

Pinto da Costa enalteceu ainda a presença no almoço do ex-presidente do Benfica Fernando Martins, seu homólogo quando tomou posse no FC Porto há 25 anos, sublinhando que a sua presença "é um motivo de orgulho" e a relação de amizade que os une prova que é possível adversários confraternizarem.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal Publico. Foi alterado e não reflete de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo seguindo a ligação que se segue:

Ver o artigo original do Jornal Publico

sábado, 23 de junho de 2007

Apito Dourado: Benfica pedia árbitros

ESCUTAS TELEFÓNICAS MOSTRAM UMA LUZ AO FUNDO DO TÚNEL



Afinal, o processo Apito Dourado apanhou apenas dirigentes de clubes do Sul a pedir árbitros para os seus jogos. De forma bem directa, primeiro com Luis Filipe Vieira ao telefone com Pinto de Sousa e agora através de João Rodrigues, o Benfica quis escolher os seus árbitros. Mas estranhamente nenhum destes pedidos deu origem a qualquer processo, nem sequer no grande dossier relativo a uma eventual viciação da classificação dos árbitros, ainda em análise pela equipa de Maria José Morgado.

As intercepções telefónicas, que são imensas, dão conta de diversos tipo de pressão do Benfica, na época de 2003/04, no sentido de contar com árbitros do seu agrado. Aliás, até era convicção de alguns presidentes de clubes da 1.ª Liga, como era o caso de João Bartolomeu, que garantiu que foi Luís Filipe Vieira quem colocou Luís Guilherme na presidência da Comissão de Arbitragem da Liga, exercendo, por consequência, alguma influência sobre ele.

Por exemplo, João Bartolomeu, numa das suas conversas com Pinto de Sousa, diz ter a certeza que é o Luís Filipe que tem influência sobre as nomeações feitas por Luís Guilherme, com o então presidente do Conselho de Arbitragem da FPF a acrescentar: “O Pinto da Costa não tem influência no Luís Guilherme.”

Neste momento, a pergunta levanta-se de como é possível, perante escutas tão graves, o dirigente do Sport Lisboa e Benfica ainda não ter sido levado algemado para as instalações do tribunal de Gondomar, tal como aconteceu com Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, presidente do Futebol Clube do Porto.

A propósito da nomeação de um árbitro para um jogo da U. Leiria, Bartolomeu diz que fez uma investigação que apurou que Pimenta Machado se encontrou com Luís Filipe Vieira, presumivelmente no sentido de ter Duarte Gomes como árbitro. Sobre este, Bartolomeu diz que é “um ladrão”. “O Duarte Gomes faz tudo o que o Vítor Pereira manda e o Vítor Pereira é uma das pessoas que protege o Guimarães”, desabafa Bartolomeu.

Apesar destas e outras escutas, nem Luis Filipe Vieira, nem Luis Guilherme, nem Vitor Pereira são arguidos no processo Apito Dourado. Até dá vontade de perguntar: o que andas a fazer, Maria José Morgado?

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal Record. Foi alterado e não reflete de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo em

Ver o artigo original do Jornal Record


Uma verdade incontestavel no Jornal O Jogo...