quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Apito: Carolina volta a implicar Pinto da Costa em ilícitos, para escapar às acusações de fogo posto



Caso dos incêndios efectuados por Paulo Lemos e Rui Passeira, aos escritórios de Pinto da Costa, Lourenço Pinto e Jorge Vieira Pinto, a mando de Carolina Salgado. A ex-profissional de alterne acusa agora o Presidente do Futebol Clube do Porto de coagir um dos incendiários a depor contra ela.



Aquela que foi considerada pelo MP, como autora moral dos incêndios, acusa agora Pinto da Costa de mandar ameaçar de morte um dos autores materiais

Para se salvar, Carolina Salgado recorre a tudo e diz agora que o seu principal acusador - um dos dois autores materiais dos incêndios, Paulo Lemos – foi ameaçado por seguranças do presidente do FC Porto e forçado a depor contra si. A afirmação é formulada no requerimento de abertura de instrução, diligência requerida pelo advogado de Carolina Salgado para contestar a acusação que o Ministério Público fez, contra ela, de ser a autora moral dos referidos crimes.

Defesa de Salgado anexou uma queixa antiga, feita na GNR, dos tempos em que Carolina ainda estava mancomunada com Paulo Lemos.

Em causa está o facto de Paulo Lemos, ex-amante de Carolina - segundo ele mesmo garante, numa época em que ainda estavam ligados, a dada altura ter apresentado uma queixa na GNR de Vila Nova de Gaia, a dizer que estava a ser ameaçado.

Documento supostamente entregue pelo advogado de Carolina, à Agência Lusa

Na queixa, alegadamente ontem divulgada pelo advogado de Carolina Salgado à agência Lusa, o ex-amante de Carolina Salgado garantia ter sido interpelado à saída de um ginásio por um homem, tendo sido de imediato agredido na face. O agressor seria supostamente um segurança do Porto que ele hipoteticamente reconheceu e que teria alegadamente ligações estreitas com Pinto da Costa.

Terá dito então Paulo Lemos, que a agressão tinha como objectivo a alteração dos depoimentos que vinha a prestar no Ministério Público (MP), onde defendia Carolina Salgado, e que os mesmos só terminariam quando a acusasse. Depois disso e atendendo a que Paulo Lemos alterou mesmo o seu depoimento, acabando por ser considerado como uma peça fundamental pelo MP que o usou na acusação à ex-companheira de Pinto da Costa, o advogado de Carolina resolveu anexar cópia da mesma queixa, cujo processo seguia de forma autónoma.

Esquema para evitar que o testemunho seja valorado

Com esta diligência, José Dantas tenta demonstrar que o depoimento agora prestado foi feito sob coacção e não deve ser valorado. Dantas vai tentar ainda anular a decisão do MP de não acusar Paulo Lemos. Mas só juiz de instrução é que poderá revogar a decisão do MP do Porto que quer apenas ouvir Lemos na qualidade de testemunha.

Advogado de Paulo Lemos, nunca tinha ouvido falar do assunto

Contactado pelo CM, o advogado de Paulo Lemos (Carlos Macanjo) disse desconhecer a existência da queixa.

NOTAS

Segunda tentativa do mesmo género

É pelo menos a segunda vez que Carolina Salgado, tenta algo semelhante. Fez o mesmo para se ver livre das acusações de roubo de bens a Pinto da Costa, tendo inclusive chegado a apresentar queixa que este lhe teria dado "um par de estalos", facto que foi desmentido pela própria empregada que se encontrava presente no local, quando Pinto da Costa foi tentar reaver o que era seu. Um dos quadros de que Carolina se terá apoderado indevidamente, extremamente valioso, da autoria de Cargaleiro, chegou mesmo a oferecê-lo ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luis Filipe Vieira, segundo alguns jornais. Pinto da Costa terá conseguido resgatá-lo, graças à intervenção da irmã gémea de Carolina Salgado, Ana Curado, que tem vindo a testemunhar contra a ex-profissional de alterne.

Alterne

s. m., gír. - prática de aliciamento ao consumo de bebidas e por vezes à prostituição em bares e salas de diversão nocturna (fonte: Priberam).

Defesa ter-se-á inspirado na forma como o MP tratou o testemunho de Ana Curado, onde esta atesta que tudo não passa duma vingança de Carolina

Em vez de investigar a credibilidade das denúncias, a equipa de Maria José Morgado, preferiu investigar quem as fez ou em que ambiente foram feitas. Exactamente o oposto da forma como lidou com as declarações de Carolina Salgado, em relação a Pinto da Costa, no livro "Eu, Carolina", que serviu para reabrir processos arquivados e que recentemente se ficou a saber que foi acrescentado em 58 páginas pela jornalista benfiquista Leonor Pinhão, precisamente as que envolvem Pinto da Costa em corrupção.

Carolina, autora moral dos incêndios

A irmã gémea de Ana Curado, que acusou Carolina em depoimento ao Ministério Público de se querer vingar de Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, é acusada na qualidade de "autora moral" e responsável pelas ordens de execução daqueles crimes.

Autores materiais, Paulo Lemos e Rui Passeira, confessaram

Lemos confessou ainda a autoria de dois incêndios, na madrugada de 14 de Junho, a mando de Carolina e garante ser o namorado que sucedeu a Pinto da Costa. Segundo o MP, o interesse de Passeira seria receber cocaína gratuitamente. Carolina terá mandado incendiar também o escritório de um solicitador, Jorge Vieira Pinto, responsável por um arresto de alguns bens dela.

Nota: Esta notícia teve por base um artigo da edição online do Correio da Manhã. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver o artigo original do Correio da Manha

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