quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Apito Dourado: Morgado obriga PSP a suspender segurança a irmã de Carolina


A equipa de Maria José Morgado é colocada sob suspeita nas declarações da irmã de Carolina

O Corpo de Segurança Pessoal da PSP foi obrigado a suspender a segurança autorizada sobre a irmã de Carolina Salgado mediante uma indicação do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) de Lisboa, liderado por Maria José Morgado. O pedido de protecção de testemunha havia sido efectuado pelo DIAP do Porto, a pedido da própria Ana Maria Salgado, na sequência de declarações que prestou como testemunha no processo por difamação contra Carolina Salgado, em que era queixoso o médico portuense Fernando Póvoas.

O requerimento oficial à PSP foi efectuado no dia 17 de Julho, fazendo referência ao temor de Ana Maria por "elementos da Polícia Judiciária". Este receio estará ligado à parte do depoimento da irmã de Carolina Salgado em que aquela lança suspeitas sobre o comportamento de um inspector daquela força policial. Foi assegurado por Ana Maria que Carolina Salgado terá sido instrumentalizada por esse investigador nos seus depoimentos, contra o presidente do Futebol Clube do Porto.

O pedido foi aceite a 18, dia em que a Direcção Nacional da PSP mandou o Comando Metropolitano do Porto iniciar segurança pessoal e os contactos com a testemunha a proteger. No dia seguinte, no entanto, mediante informação do Comando do Porto e após conversa com Ana Maria Salgado, em que esta disse ter receio de elementos da PJ, a PSP suspende o início da segurança, para ser estudada a forma como deveria ser efectuada protecção de uma testemunha contra "alguém da Judiciária".

Só que, no dia 25, interveio o DIAP de Lisboa através de uma "avaliação" negativa para tal pedido, o que levou o o director-nacional adjunto da PSP , Herlander Chumbinho, a manter suspenso o início do serviço de segurança pessoal até nova ordem.

Chumbinho explicou este recuo com o argumento de que o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, atribuíra a investigação do processo Apito Dourado àquele departamento e, por esse motivo, era obrigado a atender à avaliação do DIAP de Lisboa.

Esta justificação baseia-se, porém, num lapso os processos relativos ao Apito Dourado foram atribuídos à designada "Equipa de Coordenação do processo Apito Dourado" e não ao DIAP de Lisboa, embora ambas as estruturas sejam lideradas por Maria José Morgado. Neste contexto, foi esta mesma procuradora que requereu segurança para Carolina Salgado, face a ameaças que diz ter recebido há cerca de três semanas.

Face ao parecer negativo do DIAP de Lisboa - que terá provocado mal-estar no departamento congénere no Porto -, Herlander Chumbinho pediu informações adicionais a Almeida Pereira, procurador da República do DIAP do Porto que subscreveu o pedido de Ana Maria. Este magistrado ainda não terá respondido.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal de Notícias. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver artigo original do Jornal de Noticias

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