terça-feira, 7 de agosto de 2007

F.C. Porto: Revolta no aeroporto de Lisboa



Vencedores do Torneio de Roterdão ultrajados, ontem à noite, no aeroporto de Lisboa



Foi inacreditável a viagem de regresso do F. C. Porto a Portugal. A equipa devia ter chegado ao Porto, vinda de Amesterdão, pouco depois das 16 horas, depois de ter acabado de ganhar o Torneio que lá foi jogar, mas acabou por ser obrigada a aterrar em Lisboa, transferida para um avião que não chegava para toda a comitiva, com Polícia pelo meio, acabando por ter de viajar já noite dentro para o Porto, de autocarro, estando a chegada prevista para o início da madrugada. Isto no dia em que a TAP anunciou um incremento nas rotas com origem no aeroporto de Sá Carneiro (ver pág. 3). Como reconheceu António Monteiro, relações públicas da TAP, "pior publicidade era difícil".

A história conta-se numa penada o voo TP 653 faz diariamente a viagem de Amesterdão para Lisboa, com escala no Porto. Ontem, sem que houvesse qualquer aviso, o voo dirigiu-se directamente a Lisboa, onde a transportadora nacional terá atrasado um voo Lisboa-Porto para aí fazer transportar os passageiros com destino à Invicta. E, por incrível que pareça, foi já dentro do avião que deveria ter transportado a comitiva Portista que se verificou o excesso de passageiros (faltavam quatro lugares). Depois de cerca de meia hora de espera no aeroporto da Portela, ou seja, meia hora depois de um voo para Lisboa que não estava previsto, Antero Henrique, director-geral do F. C. Porto, terá pedido esclarecimentos à chefe de cabina, tendo-se gerado uma discussão entre ambos. Numa atitude incompreensível para um fornecedor em incumprimento de contrato, o comandante do aparelho exigiu a saída do avião de Antero Henrique, que foi para cúmulo identificado pela Polícia. Quando o director-geral abandonou o aparelho, toda a comitiva revoltada, jogadores e técnicos incluídos, decidiu também sair, tendo descido para a placa, onde estiveram largos minutos.

Gerou-se então grande confusão, com os responsáveis Portistas a alegarem que é exigível que a TAP esclareça os motivos do atraso e da alteração de rota, ao mesmo tempo que os responsáveis da companhia aérea lamentavam a forma como Antero Henrique falou com a chefe de cabina, que alega ter sido insultada. O director-geral nega, promete uma acção em tribunal e aponta como testemunhas do diálogo que manteve com a funcionária da TAP não só toda a comitiva do F. C. Porto, como os restantes passageiros do avião.

TAP pede desculpas de mau pagador

Já em plena hora de jantar, o F. C. Porto decidiu que os jogadores precisavam de se alimentar, tendo jantado no aeroporto, ao mesmo tempo que alugavam um autocarro para os transportar ao Porto. A viagem iniciou-se às 22.15 horas de ontem, estando a chegada ao Porto prevista para pouco depois da uma da madrugada, mais de nove horas depois do que teria acontecido em condições normais.

O F. C. Porto deverá hoje tomar uma posição pública sobre o sucedido, não sendo de excluir que os dragões anunciem o fim dos voos a bordo de aviões da companhia de bandeira portuguesa, com todo o direito, depois do que se passou.

Pelo lado da TAP, António Monteiro pediu desculpas pelo sucedido, apelou ao entendimento entre as partes - "a TAP precisa do F. C. Porto, mas o F. C. Porto também precisa da TAP" -, lembrou que foi "a TAP que transportou as equipas do F. C. Porto que conquistaram grandes troféus internacionais", pena que não se tenham lembrado disso na hora de alterar o voo e fazer com que a equipa chegasse nove horas depois ao seu destino.

O aparelho ainda tinha de efectuar ontem um voo com destino a Paris, onde teria de chegar antes da meia-noite, hora a que encerra o aeroporto. Para conseguir efectuar o voo para Paris, os responsáveis da TAP decidiram anular a aterragem no Porto, de forma a recuperar o atraso, à custa do F.C. Porto e demais lesados. Sem qualquer aviso, os passageiros com destino ao Porto foram transferidos em Lisboa, mas por incompetência constatou-se que faltavam quatro lugares. Segundo António Monteiro, decidiu-se proceder a uma alteração da configuração da cabina, de forma a integrar quatro novos lugares (os responsáveis do F. C. Porto alegam ter partido deles próprios a sugestão) e terá sido quando se esperava que o avião passasse a ter lotação para mais quatro passageiros que Antero Henrique exigiu ter informações sobre o tempo de espera, alegando que em causa estava uma equipa de futebol altamente profissional.

Pinto da Costa em entrevista na SIC

O presidente dos dragões, Pinto da Costa, vai ser, depois de amanhã, figura central do programa Dia D, da SIC Notícias, numa entrevista conduzida pela jornalista Ana Lourenço.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal de Notícias. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver artigo original do Jornal de Noticias

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