domingo, 12 de agosto de 2007

Apito Dourado: Morgado vai investigar-se a si própria




Procuradoria-Geral da República retira ao Ministério Público do Porto denúncia contra equipa de Maria José Morgado e entrega a investigação desta à própria Maria José Morgado, em Lisboa




Uma investigação ao teor das declarações da irmã gémea de Carolina Salgado - em que esta faz graves acusações à equipa de Maria José Morgado, sedeada em Lisboa - foi esta semana estranhamente retirada ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) do Porto, pelo vice-procurador-geral da República e remetida a essa mesma equipa de coordenação do 'processo Apito dourado' sobre a qual recaem as acusações, liderada por Maria José Morgado. O pedido para lhe entregarem a investigação foi feito pela própria Maria José Morgado. A polémica magistrada e a sua equipa passam assim a ser juízes em causa própria e investigadores e suspeitos ao mesmo tempo.

Morgado vai ser investigadora e suspeita ao mesmo tempo

O inquérito diz respeito a factos mencionados por Ana Salgado no processo por difamação contra a sua irmã gémea, Carolina Salgado, movido pelo médico Fernando Póvoas. O depoimento, tornado público há três semanas, levanta suspeitas gravíssimas sobre o relacionamento de Carolina com a equipa de investigação do 'Apito dourado' e sobre o modo como foi feito o livro "Eu, Carolina".

Segundo o semanário "Sol", Maria José Morgado terá tentado ela própria retirar o processo ao DIAP do Porto, mas viu essa pretensão recusada pelo procurador-geral distrital do Porto, Alberto Pinto Nogueira.

O JN sabe que Maria José Morgado terá feito mesmo esta diligência a 27 de Julho, dois dias depois de ter tomado conhecimento de um pedido de medidas especiais de segurança para Ana Salgado dirigido pelo DIAP do Porto à PSP, que ela própria mandou indeferir, uma vez que a solicitação viria a ser recusada, após "avaliação negativa" do DIAP de Lisboa, pelo qual Morgado é responsável.

Perante a negativa de Pinto Nogueira, Maria José Morgado recorreu então ao vice-procurador-geral da República, Mário Gomes Dias. Volvidos 10 dias, na semana passada, o magistrado deu ordens para o inquérito ser remetido para Lisboa.

Assim, com esta polémica decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR), Morgado irá investigar o teor das denúncias feitas contra a sua equipa, pela irmã gémea de Carolina. Em causa estão também factos envolvendo o presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira e a jornalista benfiquista Leonor Pinhão, entre outros.

A 28 de Julho, recorde-se, o procurador-geral, Pinto Monteiro, disse que iria instaurar um inquérito ao "teor das declarações" de Ana Salgado e "às circunstâncias em que foram prestadas". Pelo visto, quem o vai investigar vão ser os próprios suspeitos.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal Noticias. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver artigo original do Jornal de Noticias

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