sábado, 25 de agosto de 2007

Apito Dourado: RTP tenta desviar as atenções de Luís Filipe Vieira

Documentário do Canal Público tenta manipular a opinião pública

Logo a seguir a ter sido tornado público o dossier, elaborado por elementos da Polícia Judiciária no anonimato, que apresenta Luís Filipe Vieira como o verdadeiro vilão do futebol português, associando-o inclusive ao trafico de droga, a RTP resolveu exibir, em 'prime-time', um documentário a atacar despudoradamente Pinto da Costa, intitulado "O bom, o mau e o vilão", (o "bom", como se verá à frente, estava naturalmente a mais ) na que terá sido a peça pretensamente jornalística mais parcial da televisão portuguesa dos últimos anos, em que se pretendeu - e conseguiu - ridicularizar Pinto da Costa, o Porto e desviar as atenções do referido dossier anónimo acima referido.

Desviar as atenções do dossier "Tu, Luis"

É difícil entender que outros motivos possam ter levado a RTP a decidir-se pela exibição em horário nobre de um pretenso documentário que se limitou a recolher e a exibir as piores imagens das últimas três décadas do F.C. Porto, mesmo que não tivessem absolutamente nada a ver com Pinto da Costa (uns dois ou três minutos com o episódio da camisola rasgada de Rui Jorge por José Mourinho, situação em que o presidente do F.C. Porto não foi tido nem achado), numa espécie de "worst off" do F.C. Porto, num momento em que a notícia do dia era o tal dossier anónimo que envolve o presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luis Filipe Vieira, em tudo quanto é negócios ilícitos, quer no mundo do futebol português, quer fora dele.

Difamação ao banqueiro Alípio Dias

Logo no início, a facciosa narradora informa-nos de que os amigos não quiseram falar, porque Pinto da Costa está de relações cortadas com a RTP e a partir daí, como que aproveitando a deixa, tudo serve para deixar mal na fotografia o presidente do F.C. Porto e quem mais se lhe aproxime - lamentável a insinuação sobre Alípio Dias, quando se diz que foi o Crédito Predial Português que prestou a garantia bancária que travou a penhora do Estádio das Antas. Alípio Dias era então presidente do banco e aparece a abraçar Pinto da Costa e logo a seguir a narradora conclui, insinuante "Hoje é presidente do Conselho Superior do F.C. Porto". Espera-se o processo por difamação que poderá apresentar Alípio Dias, um dos empresários mais respeitados do País, contra a RTP, em defesa da sua honra.

Coincidência ou má-fé?

Ao longo de uma hora o tom é sempre de desdém, seja pela imensa série de vitórias nacionais e internacionais da equipa de futebol, que mais não são do que uma nota de rodapé no programa - o que é estranho quando se trata da biografia de um dirigente desportivo - seja pelo gosto por poesia, seja pelas relações afectivas do protagonista, hoje bem conhecidas de todos, quanto mais não seja pelo mediatismo provocado pelo livro agora acusado de ter sido encomendado por Luis Filipe Vieira, "Eu, Carolina". De resto, não deixa de ser sintomático que o único ex-treinador do F.C. Porto a falar no documentário seja Octávio Machado, ele que é o único dos ex-treinadores a dizer mal de Pinto da Costa e que não deixou saudades à grande maioria dos portistas. Bobby Robson, Victor Fernandez, Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Quinito, Ivic, António Oliveira, Fernando Santos treinaram o clube. Todos já tantas e tantas vezes falaram publicamente bem de Pinto da Costa, mas a RTP resolveu só recolher o testemunho de Octávio Machado. Coincidência?

Julgamento sumário em hasta pública

Pinto da Costa apenas está sob investigação. A RTP, no entanto, considera que se trata de serviço público fazer um julgamento sumário televisivo, apresentando uma hora de emissão em que o melhor que se ouve é quando Jorge Costa diz que o F.C. Porto é obra de Pinto da Costa. Goste-se ou não, há muito mais coisas a dizer, como acentuar o sucesso desportivo do clube, as contratações bem feitas, que permitiram, por exemplo, aproveitar Deco e Maniche, dois proscritos do Benfica, fazê-los campeões da Europa e transferi-los por milhões de euros, etc, etc. Isto, sem esquecer José Mourinho, hoje considerado por muitos o melhor treinador do mundo e que Pinto da Costa soube aproveitar, ao contrário de outros dirigentes portugueses.

Já não é a primeira vez que a RTP discrimina o Porto

A perspectiva de serviço público da RTP é tanto mais curiosa se recordarmos que em 2003, no ano em que o F.C. Porto venceu a Taça UEFA, o canal público não transmitiu os jogos em casa do clube, não porque algum concorrente se tenha antecipado e comprado os direitos, mas apenas porque a RTP considerou que era dinheiro mal gasto. O critério, curiosamente, já não foi o mesmo em 2005, quando o Sporting foi à final da Taça UEFA, ou na época passada, quando o Benfica chegou aos quartos-de-final. Neste caso, a RTP até chegou a transmitir as meias-finais na RTP-N porque já tinha comprado o jogo em casa do Werder Bremen, adversário da equipa portuguesa, caso esta tivesse chegado às meias-finais. Isto para não falar do Verão de 2003, quando a RTP se preparava para não transmitir a final da Supertaça europeia, entre F.C. Porto e Valência, alegando, primeiro, que o jogo não era oficial, depois, que não se tratava de final.

Aliás, para que estas coisas sejam realmente transparentes - e a RTP é uma empresa pública, subsidiada por todos nós, com obrigação de boas práticas e contas claras -, a estação deveria, por exemplo, tornar público quanto pagou pela transmissão de jogos do F.C. Porto, do Benfica e do Sporting nos últimos cinco, dez ou 15 anos. Todos perceberíamos melhor o conceito de serviço público para a RTP e o documentário de anteontem à noite.

Rádio Televisão Portuguesa ou Rádio Televisão do Sul?

Face a isto tudo, torna-se claro que a Rádio Televisão Portuguesa é um organismo hostil ao Futebol Clube do Porto e a Pinto da Costa. Sobretudo, quando o providencial documentário é emitido no dia a seguir a ter sido tornado público o dossier anónimo que denuncia Luís Filipe Vieira, como o verdadeiro vilão do futebol português e que vem corroborar muitas das acusações que Pinto da Costa tem feito e, sobretudo, as que foram feitas no depoimento legal de Ana Salgado, contra a equipa encarregada de investigar o caso Apito Dourado, liderada por Maria José Morgado, a quem a testemunha acusou de falta de isenção.

Ver ataque gratuito ao FCP, chamado "O Bom, o mau e o vilão"

Nota: Esta notícia teve por base um artigo da edição online do Jornal de Noticias. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver artigo original do Jornal de Noticias

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