quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Berardo volta a especular impunemente

Em entrevista ontem à noite à SIC Notícias e sem apresentar quaisquer provas, o empresário Joe Berardo, conhecido por tentar influenciar a bolsa em seu proveito, criticou os gastos excessivos do BCP com membros dos seus órgãos sociais, especialmente com o presidente do conselho geral e de supervisão, acusando levianamente que existe uma "fraude de colarinho branco" no maior banco privado português.

Deu como exemplo dos gastos excessivos, o facto de o fundador do banco e actual presidente do conselho geral e de supervisão, Jorge Jardim Gonçalves, ter ganho 50 milhões de euros do banco, apenas em um ano, esquecendo-se que ele próprio, segundo a revista Visão, arrecadou 200 Milhões de euros em 18 meses.

Berardo, que segundo o relatório "Apartheid grand corruption" foi apontado pela "Van Zyl Commission of Enquiry", na África do Sul, de ter exportado ilegalmente, para o Funchal, 297 espécimes de "South African cycads", árvores extremamente raras e em perigo de extinção, agora que é accionista rival de Jardim Gonçalves do Banco Comercial Português (BCP), com uma participação de 6,8%, considera que a situação que se vive no banco é inaceitável e diz que existe uma "fraude de colarinho branco".

De acordo com o mesmo relatório, Berardo que apenas recebeu permissão para transportar as árvores do "Eastern Cape" para o "Transvaal", em vez disso enviou-as para fora do País, depois de ter declarado ao "Reserve Bank" Sul-africano que o seu valor era R22,300 (ZAR2005=R104,943 => 10 mil euros). O verdadeiro valor da compra foi dez vezes mais R285,000 (ZAR2005=R1,341,202 => 138 mil euros), configurando fraude de colarinho branco.

"A polícia e a CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] têm de levar isto a sério. Isto não pode acontecer", afirmou numa nova tentativa de influenciar a actual contenda no BCP a seu favor.

Depois das críticas aos gastos com membros dos órgãos sociais, Joe Berardo afirmou que "Jardim Gonçalves quer voltar ao poder [no BCP] para poder retirar benefícios financeiros pessoais".

Referiu-se também a Pedro Teixeira Duarte, um dos maiores accionistas do BCP e apoiante de Jardim Gonçalves, insinuando que este necessita do apoio do banco para deter o poder na cimenteira Cimpor, na qual detém menos de um terço do capital, e o BCP controla, directa e indirectamente, cerca de 10% da empresa.

Recentemente, viu-se envolvido numa OPA ao Sport Lisboa e Benfica, alegadamente com chineses pelo meio que a CMVM está a investigar.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal de Notícias. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver artigo original do Jornal de Noticias

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