quinta-feira, 5 de julho de 2007

Apito Dourado: Agente da PSP transferido por defender superdragão




Um agente da Divisão de Trânsito da PSP do Porto foi afastado das funções que exercia e transferido para um novo local de trabalho apenas por ter sido testemunha abonatória do líder da claque dos Superdragões.

O depoimento do agente policial, na semana passada no Tribunal de Matosinhos, terá ajudado à absolvição do adepto do F. C. Porto, julgado em processo sumário por crimes de coacção e resistência sobre funcionário, ofensas à integridade física e invasão de recinto desportivo.

De acordo com informações recolhidas pelo JN, o polícia desempenhava a função de motorista de um adjunto de um dos comissários da Divisão de Trânsito. Foi transferido para um parque onde estão guardadas viaturas apreendidas, o que, soube o JN, é considerado por elementos da PSP como uma "despromoção".

O depoimento do agente terá caído mal no seio das hierarquias da PSP-Porto. É que a medida de afastamento de funções coincidiu com o momento em que a instituição tomou conhecimento de que o polícia tinha prestado depoimento a favor do arguido, no processo em que eram ofendidos colegas colocados na PSP de Matosinhos. O caso, recorde-se, teve a ver com tumultos ocorridos durante o jogo de basquetebol F. C. Porto-Ovarense, disputado a 24 de Maio, no Centro de Desportos de Matosinhos.O elemento em causa depôs como testemunha abonatória de Fernando Madureira, relatando aspectos relacionados com a sua personalidade.

Aquele testemunho - conforme descreveu a juíza do processo na sentença -, aliado ao depoimento de outras testemunhas, terá ajudado o tribunal somente a perceber o modo de funcionamento da claque e as funções do líder, uma vez que o referido agente não presenciou os incidentes. Recorde-se que Madureira alegou, em sua defesa, que procurou apenas acalmar os ânimos dos adeptos e não agredir os agentes da PSP de Matosinhos.

Contactado pelo JN, o Comando Metropolitano do Porto da PSP escusou-se a prestar qualquer tipo de esclarecimento sobre esta matéria, pelo facto de tratar-se de "um assunto de âmbito interno".

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal de Noticias. Foi alterado e não reflete de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo seguindo a ligação que se segue:

Ver o artigo original do Jornal de Noticias

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