sexta-feira, 20 de julho de 2007

Apito Dourado: Ana Salgado denuncia Vieira e inspector da PJ de Lisboa


Vieira acusado de pagar a Carolina Salgado, de a pôr em contacto com a D. Quixote e de fazer pré-encomendas para garantir que o livro fosse publicado



Ana Maria Salgado, a irmã gémea de Carolina Salgado, acusa o presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, de ter encomendado antecipadamente uma grande quantidade de exemplares do livro "Eu, Carolina", juntamente com a jornalista Leonor Pinhão e de ter pago 20.000 Euros a Carolina Salgado. A acusação surge numa entrevista à SIC, emitida ontem, durante a qual a irmã de Carolina Salgado lança ainda graves suspeitas sobre um elemento da Polícia Judiciária de Lisboa, actualmente integrado na equipa que investiga o "Apito Dourado", liderada por Maria José Morgado, acusando-o de instruir Carolina sobre detalhes do processo contra Pinto da Costa.

As declarações confirmam em grande parte o que Ana, 30 anos e muito parecida fisicamente com Carolina, tinha já dito anteriormente, quando foi inquirida pelo Ministério Público (MP), a 27 de Junho último. Ao MP, apurou o JN, Ana Maria terá efectuado um relato bastante mais detalhado da vida privada de Carolina e Pinto da Costa.

Ana Maria refere ter acompanhado de perto Carolina durante o tempo em que esta viveu com Pinto da Costa e mesmo depois, durante a separação do casal e no processo de preparação e elaboração do livro.

Luis Filipe Vieira acusado de patrocinar o livro de Carolina

Segundo Ana Maria, Luís Filipe Vieira aparece quando a irmã procurava sem sucesso uma editora para o livro. Através de Teresa Coelho, a publicação terá sido então proposta à "D. Quixote", mas a empresa terá exigido garantias. Foi então que, segundo Ana Salgado, Vieira e Leonor Pinhão terão feito a pré-encomenda de uma grande quantidade de livros, obtendo dessa forma a concordância da editora.

Carolina acusada de ser paga por Vieira

Ana Maria refere ainda que Luís Filipe Vieira terá também entregue 20 mil euros a Carolina Salgado para, segundo o JN, esta pudesse fazer face às despesas com os processos que interpusera contra Pinto da Costa.

Elemento da PJ de Lisboa acusado de conduzir o depoimento de Carolina

Na entrevista, Ana Maria lança suspeitas sobre um elemento da Polícia Judiciária de Lisboa, que acusa de ter fornecido elementos a Carolina sobre o suposto jantar num restaurante alegadamente descrito no livro "Eu Carolina", durante o qual teria acontecido uma entrega de dinheiro por parte de Pinto da Costa a um árbitro, no final de um jogo de futebol. O inspector da PJ terá corrigido Carolina quanto a alguns detalhes do encontro. A irmã garante que Carolina não viu dinheiro nenhum.

Carolina acusada de ter sido orientada para vender os seus bens e não ter de pagar indemnizações

Na entrevista, Ana Maria conta ainda que o mesmo elemento da Polícia Judiciária de Lisboa - actualmente integrado na equipa liderada por Maria José Morgado, que coordena os processo relacionados com o "Apito Dourado" - terá inclusivamente aconselhado a sua irmã a "vender "um imóvel e o carro", de forma a não ter que pagar eventuais indemnizações resultantes de processos judiciais. Estas denúncias, apurou o JN, estarão já a ser investigadas pelo Ministério Público

Ana Maria confirma o que já tinha dito Fernanda Freitas

Ana Maria diz ainda que tem em seu poder uma versão original do livro que lhe foi cedida por Carolina Salgado. O conteúdo final, garante, foi adulterado, de modo a prejudicar o presidente do F.C. Porto e fazer com que caísse no ridículo . "Disse-lhe que quem iria cair no ridículo seria ela", refere a irmã de Carolina. Durante a entrevista recusou peremptoriamente a ideia de estar a ser manipulada.

Pinto da Costa nada sabia sobre as agressões a Bexiga

A irmã de Carolina confirma também o que já anteriormente tinha sido referido ao MP por Fernanda Freitas, a escritora do livro "Eu, Carolina", sobre as agressões a Ricardo Bexiga. Que tudo teria sido feito por exclusiva iniciativa de Carolina Salgado. "Achei ridículo ela gabar-se", sentenciou.

Consciência tranquila

Confrontada com as declarações de seu pai, Joaquim Salgado, Ana Maria alegou que "O meu testemunho ao MP foi simplesmente toda a verdade dos factos, e possivelmente eles ficaram magoados com essa situação. Aquilo que é importante para mim é a minha consciência". E depois continuou... "Obviamente que me sinto incomodada, porque além de ser mentira, magoa".

Fonte:
Entrevista de Ana Salgado em exclusivo a SIC - Parte 1/2
Entrevista de Ana Salgado em exclusivo a SIC - Parte 2/2

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal de Noticias. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver o artigo original do Jornal de Noticias

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