Apito Dourado: Carolina Salgado desmentida pela empregada
Empregada doméstica de Carolina não confirmou a queixa da patroa
Maria Alice referiu às autoridades não ter assistido às supostas bofetadas e declarou também que, ao contrário do que dissera Carolina, três dias antes do incidente nada aconteceu de anormal.
Em Abril de 2006, recorde-se, Carolina Salgado queixara-se na GNR que dois funcionários do dirigente portista lhe teriam invadido a casa para levar obras de arte, alegadamente agredindo-a "física e verbalmente" diante dos filhos e que, três dias depois, Pinto da Costa lhe havia dado "um par de estalos", após ter sido agredida por Afonso Ribeiro e Nuno Santos. Segundo a própria, enquanto decorriam as agressões, Pinto da Costa teria estado a "gozar a cena".
No entanto, o MP optou por não dar credibilidade a esta versão, uma vez que se tratava de palavra contra palavra e a empregada doméstica de Carolina não confirmou a queixa da patroa. Saliente-se que a ex-namorada do dirigente portista chegou inclusive a queixar-se de ter sido ameaçada por Nuno Santos com uma pistola, facto que também nenhuma testemunha confirmou.
Depois de revistos todos os indícios e ouvidas todas as testemunhas, o magistrado responsável decidiu arquivar o envolvimento do presidente do F. C. Porto, por falta de provas. Ao mesmo tempo, o motorista e um outro colaborador vão ser julgados por crime de ofensa à integridade física contra Carolina Salgado e a irmã. Este caso de alegada violência foi uma das justificações apresentadas por Carolina para a decisão de escrever o polémico livro "Eu, Carolina", estranhamente responsável pela reviravolta em vários processos do 'Apito Dourado'.
Foi considerado suficientemente indiciado que Carolina pretendeu impedir que Afonso retirasse da casa um faqueiro, após o que se gerou uma troca de insultos. E que, de seguida, o motorista atirou o faqueiro para o chão, "passou a agarrar a ofendida Carolina Salgado pelo pescoço, apertando-o, bem como ainda lhe exibiu, junto à face, uma chave colocada entre os dedos", descreve a acusação do MP de Gaia.
Nesta sequência, Ana Salgado, irmã gémea de Carolina, intrometeu-se entre os dois e terá sido agarrada e projectada para o chão por Nuno Santos. Um exame médico efectuado a Carolina detectou escoriações e equimoses na face, no pescoço, na zona do abdómen e nos dois braços, provocando um período de doença de "cinco dias".
Interrogado, Pinto da Costa disse não ter assistido a qualquer agressão. Por outro lado, mesmo que tivesse assistido, o procurador responsável pelo caso admitiu que o presidente do F. C. Porto não estava sujeito a qualquer "dever de garante" para com Carolina, uma vez que não era casado com ela e já tinha cessado a relação de união de facto. "Não nos parece que tenha sido reunida qualquer prova indiciária de um qualquer comportamento delituoso, por parte do co-arguido Jorge Nuno Pinto da Costa", lê-se no despacho final do processo.
Ao decidir-se por apenas esta acusação, o MP arquivou outras queixas efectuadas por Carolina. Designadamente, os alegados crimes de furto (pela subtracção de objectos que, afinal, seriam de Pinto da Costa) e ameaça e invasão de domicílio, já que a casa seria do dirigente Portista.
Resta saber o que fará Pinto da Costa, face ao resultado deste processo, uma vez que pelo despacho final do mesmo, ficou claro que Carolina Salgado agiu como se fosse proprietária de bens e dum imóvel que não lhe pertenciam, configurando-a assim como autora dos mesmos crimes de furto e invasão de domicílio de que acusou o presidente Portista.
Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do Jornal de Noticias. Foi alterado e não reflete de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:
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