quinta-feira, 12 de julho de 2007

Corrupção a Sul: Advogados do BES dizem que acções do Benfica são um logro


Advogados do BES dizem que acções do Benfica são um logro

No processo que opõe o BES a Manuel Vilarinho e Vítor Santos, as acções do benfica são consideradas fraca garantia patrimonial.

O banco que liderou a oferta pública de distribuição de acções do Benfica, em Abril de 2001, considera hoje que os títulos que ajudou a colocar no mercado há seis anos são consideradas más, cita o «Diário Económico».

«Infelizmente as acções empenhadas nada ou quase nada valem: são, em termos de garantia, um verdadeiro logro», sustentam os advogados do Banco Espírito Santo, Filinto Elísio, Lopes de Almeida e Vítor Miragaia, na exposição feita ao Juízo de Execução de Lisboa, onde decorre o processo por dívidas interposto pelo BES contra Manuel Vilarinho, ex-presidente do Benfica, e Vítor Santos, construtor civil e avalista do antigo dirigente desportivo.

Neste processo, o banco exige a Manuel Vilarinho o pagamento de 8,4 milhões de euros, acrescidos de juros e demais encargos.

O montante diz respeito a 40% de um empréstimo de 21 milhões de euros, concedido pelo banco, na verdade, pelo Banco Internacional de Crédito (BIC), que mais tarde se fundiu com o BES, em Maio de 2001, para que o então presidente do Benfica comprasse o volumoso pacote de acções que o mercado não tinha absorvido no âmbito da oferta pública de distribuição de títulos do clube, realizada em Abril.

Passados seis anos, Manuel Vilarinho só pagou uma parte deste empréstimo e falhou os prazos de pagamento definidos com o banco.

Na verdade, a maior fatia que já foi paga acabou desembolsada por dois avalistas de Vilarinho na operação: Luís Filipe Vieira (actual presidente do Benfica), que entretanto pagou 20% dos 21 milhões de euros; e o construtor civil José Guilherme, que também se responsabilizou por 20% da dívida.

Vieira e Guilherme ficaram, assim, com as acções que inicialmente estavam nas mãos de Manuel Vilarinho.

Estas mesmas acções que agora são dadas como de fraca garantia patrimonial, foram estranhamente aceites pela Ministra das Finanças de então, Manuela Ferreira Leite, como garantia para impugnação da dívida fiscal do Sport Lisboa e Benfica, o que, a não ter acontecido teria colocado o Benfica na Liga de Honra, por força das disposições legais vigentes.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online da Agência Financeira. Foi alterado e não reflete de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver artigo original do Jornal da Agencia Financeira

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