sexta-feira, 27 de julho de 2007

Apito Dourado: Carolina Salgado já não precisa do subsídio de desemprego

O 24horas teve acesso a documentos que provam que Carolina Salgado viu a Segurança Social retirar-lhe os 630 euros que recebia todos os meses. A razão invocada para a cessação é o facto de ela não ter dado resposta às duas convocatórias que lhe foram enviadas para a sua residência.

Carolina requereu este apoio financeiro ao Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia, onde se inscreveu, no dia 28 de Setembro de 2006, quando terá deixado de trabalhar na Imobiliária Cedofeita, SA, de que alegadamente era proprietário Pinto da Costa.

Foi-lhe então atribuído aquele montante por um período de 360 dias, findo qual e, no caso de não ainda ter arranjado trabalho, poderia solicitar que lhe fosse atribuído novo subsídio por mais algum tempo.

Segundo apurou o 24horas, no início deste ano, os técnicos do Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia enviaram uma carta a Carolina Salgado para ela se apresentar nos serviços a informá-los como é que estava a sua situação. Carolina Salgado não só não apareceu lá, como não justificou a sua falta. Uns dias depois, o mesmo Centro de Emprego voltou a enviar-lhe nova missiva.

E também dessa vez Carolina não deu justificações para a sua atitude. De acordo com esclarecimentos prestados por uma fonte do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), as novas regras do subsídio de desemprego que entraram em vigor no início deste ano são claras: à segunda falta injustificada os utentes ficam sem este apoio financeiro, prestado pela Segurança Social. E foi precisamente o que aconteceu com Carolina Salgado.

O 24horas tentou ontem, por diversas vezes, chegar à fala com Carolina Salgado, mas nunca atendeu o telemóvel. Mais sorte tiveram com o seu pai, Joaquim Salgado, que não soube, no entanto, dizer o que se terá passado ao certo com o corte de subsídio de desemprego da sua filha Carolina. "Sinceramente, não estou muito a par desse assunto”, começou por dizer. Depois, lembrou-se que isso poderia ter acontecido no momento em que ela terá ido à repartição de Finanças para se registar para poder mais tarde receber os direitos de autor por ter publicado o livro “Eu Carolina”.
“Não sei com toda a certeza se foi isso ou não. Estou a ouvir falar agora e, pela primeira vez, que lhe cortaram o fundo de desemprego. Veio-me à ideia que a editora tenha querido que ele passasse um recibo verde e isso obrigou-a a ir às Finanças pedi-lo”, afirmou.

Joaquim Salgado até pode não ter andado muito longe de uma parte da verdade. De facto, e de acordo com documentos a que o 24horas teve acesso, no dia 1 de Janeiro, cerca de um mês depois de Carolina ter lançado o livro, há um registo no seu processo na Segurança Social de “suspensão total por exercício de actividade profissional por conta própria”. Fonte do IEFP explica ao 24horas que se pode fazer suspensão do subsídio por um mês ou dois e depois continuar a receber o subsídio de desemprego. Ora, parece que não foi este o caso de Carolina Salgado.

O Centro de Emprego de Vila Nova de Gaia não ficou sequer a saber porque é que ela não quis continuar a receber os 126 contos mensais, uma vez que não compareceu a nenhuma das duas convocatórias que lhe foram feitas. Joaquim Salgado não sabe o que dizer sobre isso. Quando à falta que esta verba poderá estar a fazer à filha, também não arrisca opinião. “Penso que lhe devia fazer jeito, mas sinceramente não sei. Acho que ela está a ter rendimentos que a ajudam a viver”, afirma.

Nota: Este artigo teve por base um artigo da edição online do 24horas. Foi alterado e não reflecte de modo algum o que vinha no original. Pode lê-lo carregando na ligação que se segue:

Ver artigo original do 24 horas

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